A primeira Santa Casa de Misericórdia surgiu em Lisboa, em 15 de agosto de 1498, com a criação da Irmandade de Misericórdia, entidade com fins humanitários, patrocinada por Dona Leonor de Lencastre (a mais rica rainha da Europa na época), viúva de D. João II de Portugal, que após a perda de seu único filho e herdeiro do trono em um acidente (1941), dedicou a sua vida e toda a sua fortuna à assistência dos desafortunados. Esta irmandadeconstituída por 300 membros, metade nobres e metade plebeus, introduziu na época uma visão mais sensível e humanitária do mundo, originando um número cada vez maior de Casas de Misericórdias por todo o país e expandindo-se para além-mar, para as terras sob o domínio dos portugueses.
A história das Santas Casas no Brasil iniciou-se em 1539, com a fundação da Santa Casa de Olinda (PE) precária construção de taipa, cobertas com folhas de palmeira erguida para acolher enfermos, enjeitados e marginalizados (crianças e velhos) e os excluídos do convívio social (criminosos doentes, doentes mentais). A ela sucederam-se as Santas Casas de Santos (1543), Salvador (1549), Vitória (1551), Rio de Janeiro (1582), São Paulo (1599), João Pessoa (1602), Belém (1619), São Luís (1657) e Campos (1792); todas se regiam pelos estatutos das Santas Casas portuguesas e não possuiam nenhum grau de subordinação entre si.
Atualmente as Santas Casas somam mais de 2500 hospitais, espalhados em todo o território nacional, responsáveis por cerca de 50% do número de leitos hospitalares existentes no país. O estado de Minas Gerais possui 331 e uma delas é a Santa Casa de Monte Alegre de Minas.
No final do ano de 1944, ao entardecer, chega a Monte Alegre de Minas, precisamente na praça da igreja matriz, um caminhão vindo do norte, conduzindo vários trabalhadores em busca de uma vida melhor. Entre eles havia uma senhora grávida em trabalho de parto. Na época, não havia hospital ou lugar onde pudesse hospedar a futura mamãe. Com muita dificuldade, foi improvisado um local, perto da praça para que aquela senhora pudesse ter seu filho.
A partir desse momento, surgiu a ideia de se construir um hospital para socorrer a todos os doentes.
O ponto de referência para prestar socorro médico era Uberlândia e Ituiutaba, o que era muito difícil para locomover os doentes de Monte Alegre de Minas, que contava, até então, com mais ou menos 10 a 13 mil habitantes. Um grupo de amigos preocupados com aquela situação, reuniu-se e decidiu construir um hospital. Após essa decisão, reuniu-se, no dia 21/05/55, grande número de elementos da sociedade, com o fim exclusivo de construir uma santa casa. Houve o lançamento da pedra fundamental, onde seria construído o hospital e realizou-se, então, a 18ª assembleia, escolhendo-se o vereador Leonardo Alessandri para presidir os debates da reunião.
No dia 29/01/55 na casa residencial do Sr. Hildebrando Reis Filho, sede provisória da Santa Casa de Monte Alegre, reuniram-se todos os membros da diretoria com a finalidade de aprovação do estatuto. Lido e discutido, posto em votação, sendo aprovado por todos os presentes, o Sr. Presidente esclarece que a instituição será de caridade e beneficência e cada mandato terá a duração de 02 anos.
No dia 24/01/64, às 16 horas, foi entregue à população o prédio da Santa Casa de Monte Alegre de Minas, sendo convidados, para a solenidade de inauguração o Sr. Deputado Estadual Tancredo de Almeida Neves, representado pelo deputado Homero Santos.
No dia 29/07/69, os membros da diretoria reuniram-se na sede própria da Santa Casa para a alteração do estatuto no artigo 50 (quinto) o qual reza que: no caso de uma dissolução ou extinção do Santa Casa, seus bens patrimoniais serão cedidos ou doados a outras entidades assistenciais existentes na cidade.
O Sr. Presidente, no dia 22/11/77 envia a todos uma carta do Funrural, onde comunica que foi feita a requisição de uma mesa cirúrgica e um aparelho de Rx. O Sr. presidente em exercício José Conegundes Peres concede o título de presidente de honra ao Dr. Adilon Guimarães de Machado pela luta em prol da sobrevivência da Santa Casa, em caráter perpétuo após sua morte.
No dia 03/03/1980, o presidente Hugo Parreira comunica que irá a Belo Horizonte para tratar de assuntos relacionados com a ampliação da Santa Casa, ficando acertada a vinda do engenheiro para elaborar a planta da ampliação. Inicia-se novamente o trabalho de campanha de donativos no município e região vizinha. Passados 08 meses a planta foi aprovada para construção de 02 pavimentos. No dia 03/08/1980 foi convocada uma assembléia geral com a diretoria para aprovação dos novos estatutos e revogação dos estatutos anteriores, com nova redação.
Foi aprovado também o regimento interno que disciplinará o funcionamento e as atividades dos diversos órgãos da administração, uniformizando a rotina de trabalho e estabelecendo os limites de sua competência. Foi comunicado, também, aos presentes que 02 (dois) novos médicos iriam-se integrar ao corpo clínico: Dr. Fábio Barbosa da Costa e Dra. Silvia Lúcia Alvim Queiroz.
Realizou-se no dia 07 de junho de 1997 uma reunião com toda a diretoria da Santa Casa para receber o Sr. Marco Aurélio Gomes Arantes, que irá prestar esclarecimentos sobre a liberação dos recursos e sua origem. Iniciou modestamente dizendo que o mérito é de todos. Disse que se empenhou tanto por amor à sua cidade natal, ressaltando o caráter filantrópico da Santa Casa, como bom conhecedor que é do funcionamento de uma entidade como a nossa. Informou que conseguiu, junto à congregação de Santa Catarina, (associação que mantém e auxilia várias entidades filantrópicas nos País), uma doação de R$ 66.000,00 (sessenta e seis mil reais) que serão creditados em conta bancária em 03 (três) parcelas mensais de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais) a partir do dia 10/07 do corrente ano. Este valor deverá ser empregado na continuação da ampliação do prédio, obedecendo critérios de prioridades.
Foi inaugurada a ala inferior da Santa Casa de Monte Alegre de Minas, no dia 27/05/1998 com a presença da Madre Superiora Maria das Graças, da Associação Congregação Santa Catarina. Contando também com a presença do Sr. Marco Aurélio Gomes Arantes, a quem conseguiu a verba para a entidade.
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